Um sítio onde até é agradável dar um passeio seja de dia ou de noite é a Fábrica da Pólvora em Barcarena, local de encontro de pessoas de todas as idades nomeadamente jovens, e alunos da Universidade Atlântica.
O espaço a destacar hoje é o Pátio do Sol, mesmo não sendo a primeira vez, escrevo aqui aquilo que este lugar que de Sol tem de muito pouco.
Entro e sento-me numa das cadeiras rijas que tem por lá e sou atendido, peço primeiro uma Frize Limão natural por causa da garganta, e depois é que fui relembrado que devia ter pedido o café primeiro para a avaliação inicial, esperei pelo contacto visual do empregado para não fazer "psshtt" ou "ó fáchavor" que seria pouco correcto, mas não foi possível, estava por lá outra empregada mas essa estava sentadinha de perna cruzada a sugar o cigarro, ai se fosse patrão...
Fui ao balcão e pedi o meu café, voltei para a mesa e iniciei o ritual.
A chávena estava quente a uma boa temperatura, estava bem tirado com o creme no topo sem se dispersar, mexi muito bem o açucar e o creme não se desfazia, dei um primeiro golo e não tinha muito sabor, e juntamente com aroma muito torrado não sabia bem. Deixei assentar e bebi o resto até ver a quantidade de borra no fundo, e tinha um bom bocado. Aqui vai a pontuação:
Qualidade da tiragem - 3
Serviço - 2
Qualidade do café - 2
Apreciação geral - 2,5
Mas não fica por aqui, ao terminar a ida ao café é necessário pedir a conta, dirigi-me ao balcão e... 4,90€ POR UM CAFÉ E DUAS FRIZE COM UMAS FATIAS DE LIMÃO CHUPADINHAS!!
Lembro-me que há uns bons meses fui lá e pedi um chocolate quente para ver o que traziam, por quase 3.00€ é de esperar algo bom certo?
Não é que me trazem num copo de galão reles servido de leite com Nesquick! E morno! Com 0,75€ compro um pacote de chocolate Dulcinea e faço um chocolate quente de comer e chorar por mais.
Meus amigos o espaço é agradável, tem música variada, ambiente leve, mas peca muito pela relação qualidade/preço, até uma tasquinha fechada pela ASAE tem melhor.
O Sol pouco ilumina este café... aproveitem o espaço, mas não se detenham.
Apreciação geral Final -0,5
Quando falamos de marina, vêm-nos à ideia as paragens do Mónaco, de Saint-Tropez, de Miami... mas não é do cafézinho em nenhuma destas que falarei hoje, mas sim de uma muito mais próxima.
A Marina de que vos falo é a de Vila Real de Santo António. Com o Guadiana mesmo ali ao lado, e a Espanha a espreitar já da outra margem, a paisagem da "villa blanca" de Ayamonte, e a foz do Guadiana a fazer adivinhar o Oceano Atlântico, e as correntes provenientes do Mediterrâneo, banhando as praias quentes do Sotavento Algarvio.
É ali que, na Cafetaria da "Associação Naval do Guadiana", sobranceira à antiga Alfândega de Vila Real de Santo António, e no local onde antes era a bilheteira para os ferries que circulam entre a fronteira algarvia e a Andalucia, se pode degustar o café a qualquer hora do dia.
Com uma decoração interior muito sóbria, pautada pelos "baixos-relevos" com perfis de embarcações tradicionais, e uma esplanada bastante convidativa a um relax, pedimos o café, aqui da marca "Camelo" (um espécime originário do "deserto", como bem convem nestas paragens a sul). O café apresentado é de aroma e de sabor intenso. Surpreende-nos a conta, que não nos faz aperceber que estamos numa das mais importantes regiões turisticas de Portugal, ainda mais que os cafés se fizeram acompanhar da tradicional "Amarguinha" servida com gelo e limão q.b. e com uma rapidez de impressionar.
Como habitualmente, deixamos o resumo. Para este café:
Qualidade da tiragem - 4
Serviço - 4
Qualidade do café - 3,5
Apreciação geral - 4
Recomenda-se vivamente a quem deambula pelas ruas da Vila Pombalina. Passeie pelos jardins da Baixa-mar, e antes de se embrenhar na aventura de atravessar o rio Guadiana até à margem andaluza, pare por aqui... vai ver que não se arrepende.
Até ao próximo cafézinho...
Nem sempre um café é tomado simples. Muitas vezes, o paladar português serve-se primeiro de uma boa refeição, e depois de um belo repasto, aí sim, o café.
Assim aconteceu em Beja no Restaurante "Alcoforado". O estômago de quem viaja precisa de alimento e ali estava no centro da cidade, mesmo em frente ao velho cine-teatro Pax Julia. O almoço foi dos simples, sem exagerados requintes gastronómicos. O bacalhau à braz (ou dourado, como o chamam por outras paragens...) estava contudo muito leve e suave, como convém a quem conduz muitos quilómetros e ali faz a sua paragem a meio da viagem.
E depois da refeição o cafézinho.
Um Delta, ali do lado de Campo Maior. A tiragem não era das melhores, deixando o café com algumas borras no fundo e um sabor levemente queimado... em resumo:
Qualidade da tiragem - 2,5
Serviço - 3
Qualidade do café - 3
Apreciação geral - 3
É por isso uma referência a algo que se pode melhorar, mas com o reconhecimento do que é bom.
Cheio?Escaldado?Curto?Duplo?
Qual é o seu café?
Aqui não vamos falar do café, mas sim de cafés. E de onde os podemos tomar.
Fazemos isto apenas porque gostamos de café, e gostamos de procurar os bons sítios para desfrutar do café, seja pelo ambiente, pelo aspecto tanto interior como esplanada, e ainda pelo serviço ou pela qualidade dos produtos.
Quer descobrir bons locais para ir com os amigos beber um café?
Não sabe ainda por onde começar?
Nós vamos procurar dar-lhe todas as dicas que precisa neste simples blog.
Sente-se e desfrute do seu café.
Um sítio onde até é agradável dar um passeio seja de dia ou de noite é a Fábrica da Pólvora em Barcarena, local de encontro de pessoas de todas as idades nomeadamente jovens, e alunos da Universidade Atlântica.
